terça-feira, 28 de junho de 2011

Harmonização de queijos e vinhos

Prezados confrades,
Seguem sugestões de harmonização de queijos e vinhos.
Brie
Origem: noroeste da França
Características: é encontrado em diversas variedades, todas feitas com leite de vaca. Seu teor de gordura está em torno de 50%. A casca de mofo fino e branco tem manchas e linhas avermelhadas. É um queijo leve, de interior mole e textura uniforme e cremosa. Não é prensado nem cozido. As unidades produzidas em fazendas demoram de 4 a 10 semanas para maturar; já as produzidas em fábricas levam 3 semanas. Sua pungência é suave e persistente. Vinhos: Chardonnay encorpado, vinho de sobremesa, vinho do Porto.

Camembert
Origem: Normandia (Pays d'Auge)
Características: elaborado com leite de vaca, é mole, de massa amarelo-esbranquiçado, não é cozido e nem prensado. Sua casca é coberta de mofo branco e perfurada por manchas vermelhas. Tem aroma puro e herbáceo, com travo de cogumelos. Os melhores Camembert são produzidos com leite de sem tratamento. É cremoso, de sabor complexo, com toques de capim fresco. Leve, contém cerca de 50% de gordura e demora de 1 a 2 meses para maturar.
Vinhos: tintos mais frutados, Chianti jovem ou cidra, bebida típica da Normandia.
Cantal
Origem: Auvergne (França)
Características: massa compacta, semidura, não é cozida e é prensada 2 vezes. Há 3 versões: fermier, coopérative e industriel. Quando jovem é bem suave e, já amadurecido, traz sabor intenso. Feito com leite de vaca não-pasteurizado, tem formato de tambor e pesa cerca de 45 kg. É seco e enfarinhado, além de escurecer com o tempo. Leva de 3 a 6 meses para maturar. Com cerca de 45% de gordura, o cantal com affinage* (maturação) de 6 meses tem casca natural, amarelo escura, manchas vermelhas e tons de laranja.
Affinage: o queijo passa por uma sala fria, úmida e escura; é virado e esfregado 2 vezes por semana por pelo menos 30 dias após a fabricação.
Vinhos: tintos da região (Côtes d'Auvergne).
Cheddar
Origem: sudoeste da Inglaterra
Características: conhecido como "queijo de ratoeira", é elaborado em diversos lugares do mundo. Por isso, alguns são suaves e elásticos, quase um queijo sem gosto. O tradicional é duro, prensado, tem formato de tambor, com cerca de 28 kg e é amarrado com uma bandagem para garantir casca boa e dura, de cor marrom acinzentada. Seu interior é amarelo-ouro, que escurece de acordo com o envelhecimento do queijo. O sabor começa suave, com toque de nozes, geralmente com leve travo de sal. Sofre maturação de 6 a 18 meses. Quando envelhece, o sabor de nozes fica mais forte e ganha uma picante acidez. Feito de leite de vaca, contém cerca de 48% de gordura. Vinhos: Chianti italiano ou Zinfandel californiano.
Danish blue
Origem: Dinamarca
Características: conhecido também por Danblu, este queijo tradicional do país foi criado em 1927 como uma alternativa ao roquefort. Semiduro e prensado, contém de 50% a 60% de gordura e demora de 7 a 8 semanas para amadurecer. O queijo produzido em fábricas é feito com leite pasteurizado, que foi homogeneizado para assegurar a massa cremosa e de sabor leve. Sua coloração é branca, com veios azuis e buracos distribuídos irregularmente. O sabor é picante e salgado. Bebida: o acompanhamento tradicional é um destilado, o schnapps.
Emmental
Origem: Suíça
Características: possui massa dura e sua cor varia de marfim a amarelo claro. Com buracos do tamanho de cerejas, o emmental é cozido e prensado. Sua casca é dura
e seca e a coloração vai do ocre ao marrom claro. Os fazendeiros o produzem desde 1293 nos Alpes, com leite não-pasteurizado (cerca de 1,2 litros para fazer um queijo). Atualmente, é elaborado também com leite pasteurizado. Tem casca lisa, de cor amarelo pálido, escovada e oleada. O sabor é forte e frutado, com um final de madeira. Contém 45% de gordura e leva de 4 a 12 meses para maturar. Vinhos: brancos frutados da Suíça ou tintos leves (os franceses Givry, Rully, Mercurey ou o italiano Barbera).
Fontina
Origem: noroeste da Itália (Val d'Aosta, na fronteira com a França)
Características: No verão, são feitos em chalés dos pastos alpinos e, no inverno, na leiteria mais abaixo no vale. Sua casca é cremosa, marrom, fina e oleosa. O interior é liso e amanteigado, bem cremoso quando jovem. Ao longo de seu amadurecimento (de, no mínimo, 4 meses) vai-se tornando escuro e mais seco, e desenvolve um aroma de fruta e terra e um sabor suave de nozes e frutas. Feito com leite de vaca não pasteurizado, é semiduro, cozido, prensado e contém 45% de gordura. Vinhos: italianos frutados, Barbaresco, Recioto della Valpolicella.
Gorgonzola
Origem: norte da Itália
Características: feito de leite de gado —- que tem como característica as longas viagens de ida e volta ao pasto alpino. O nome remete à cidade que, entre outras, produzia este tipo de queijo. É feito em tambores e seu peso varia de 6 a 13 kg. Tem uma casca grossa, áspera e cinza avermelhada, com algumas manchas. A massa é de cor branca a amarelo pálido, com um boa cobertura de veios azul-esverdeados. A textura é levemente cremosa, mais úmida que o stilton e mais amanteigada que o roquefort. Tem sabor picante e apimentado, e bolor de madeira e cogumelos. O aroma é mais forte do que o sabor, com um travo alcoólico oriundo da casca lavada. Contém 48% de gordura e demora de 3 a 6 meses para maturar.Vinhos: tintos leves e frutados, Reciotto della Valpolicella.
Gouda
Origem: Holanda
Características: feito com leite de vaca, é encontrado em diversos tamanhos e idades. Semiduro, cozido e prensado, tem uma casca amarela fina e uma camada de cera de parafina. Os mais jovens contêm uma massa firme amarelo pálido, com buracos irregulares. Os produzidos em fábrica são suaves e elásticos, com um aroma de queijo amanteigado, quase processado. Conforme matura (o que demora de 1 mês a 2 anos) , a casca engrossa e a massa fica escura e dura, especialmente nas bordas. Os queijos maturados produzidos em fazendas têm cheiro apimentado, com travo frutado e final doce. Os com mais de 2 anos ganham sabor de doce de manteiga. Tem 48% de gordura.Vinho: Shiraz encorpado.

Fonte: Blog Adega do Vinho - www.adegadovinho.com.br

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Itália supera a França como o maior produtor de vinhos do mundo

A Itália consagrou-se como o maior produtor de vinhos do mundo, superando a França. Os dados, referentes a 2010, são da Comissão Europeia.
Na última safra, foram produzidos 4,96 bilhões de litros de vinho italiano, contra 4,62 bilhões de litros na França. Enquanto a Itália se manteve estável, a produção francesa apresentou queda em relação ao ano anterior.
Em relação ao prosecco (versão italiana para o champanhe francês), a produção também cresceu, com 420 milhões de litros, contra 400 milhões do vizinho europeu.
Os tipos de bebida de origem controlada na Itália, mais de 500, também superou a quantidade na França. O solo italiano tem, ainda, o maior número de vinhedos.
Segundo especialistas, a hegemonia italiana se deve ao clima, ao investimento em tecnologia e à geografia.
Os dois países produtores se mantêm bem à frente do terceiro colocado, a Espanha. O quarto lugar fica com os Estados Unidos.
As exportações na Itália também cresceram 15% em relação a 2009. O país exporta quase o dobro da França, mas fatura 20% a menos em suas exportações.
Os Estados Unidos são os maiores importadores mundiais da bebida e, desde 2002, compram da Itália. O segundo maior mercado é a Alemanha. A Inglaterra compra cerca de 12% do vinho italiano e é o terceiro maior importador mundial. A China também figurou no estudo como um grande mercado.
BRASIL
O mercado brasileiro está bem distante dos primeiros colocados mundiais, tanto em relação ao consumo como em relação a exportações.
No Brasil, o consumo de vinho por pessoa, em 2010, foi de 1,61 litros. O país fica atrás do Vaticano (70,22), da França (45,23), da Argentina (25,16) e do Chile (13,85).
Segundo a Uvibra (União Brasileira de Vitivinicultura), foram exportados no ano passado 1,28 milhões de litros, no valor de US$ 2,29 milhões. Os espumantes, em menor volume, apresentaram aumento de 68,42% na quantidade e 284,73% no valor das exportações.
Houve aumento de 26,48% e 26,46% na quantidade e no valor das importações, respectivamente. No mesmo ano, foram importados 75,05 milhões de litros de vinhos finos, o que representa mais de 75% do vinho fino comercializado no Brasil.
Fonte: Folha de SP – 17/06/2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

Vinhos Australianos - Reunião 15/06 - Vindouro

Caros confrades,

Segue a relação, na sequência da degustação, dos vinhos australianos do encontro de 15/06 na Vindouro.

Abraços,

Jean.


Coldstream Hills – Pinot Noir (Yarra Valley)

Koonunga Hill – Shiraz/Cabernet (McLaren Valley)

Bin 138 – Shiraz/Mourvedre/Grenache (Barossa)

Bin 128 – Shiraz (Coonawarra)